MÓRBIDO JAGUARIBE
De olhos fechados pra sofrer
É como se a chuva voltasse
E aos meus pés molhasse
E os galhos da jurema balançasse
E a água voltasse a nascer
Mas essa chuva que não vem!
Jaguaribe, o que há com você?
Não vejo sua água nascer
Nem aqui vejo morrer.
É a água que o sertanejo não tem.
Os animais já perdemos
As plantas, - amarelas de esperar-
As aves aqui não ousam pousar
Nós, secos, áridos de aguardar
Diante da seca morremos.
Lucas Freitas Viana
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