RECADO DO REI


Povo do meu sertão
Eu estou muito amargurado
com o caminho tosco
que o forró tem andado
É muita baixaria
Que eu tenho notado

Esse forró eletrônico
Quero então lhes dizer
Não é a fonte pura
Que eu comecei a fazer
É um estilo diferente
Escutem para vocês ver

No meu forró vocês viam
Muita coisa do meu sertão
Cantores com nomes decentes
Sem nenhuma esculhambação
Hoje o nome que se tem
É de um tal de Safadão

Um homem de moral
Tinha o seu nome honrado
Onde ele ia com certeza
O seu nome era respeitado
Sei que ele não aceitaria
Ser chamado de safadão

Mas eu fico bem feliz
Pois consigo ainda enchergar
Gente que leva meu baião
Para o sertão se alegrar
Não deixando jamais morrer
Esse forró que pude amar

Messias Holanda, magestade
Ainda canta meu baião
Xico Bezerra ainda compõe
Com bastante emoção
Flávio Leandro, Jota Farias
Animam bem o meu sertão

Não deixem o forró morrer
Eu te peço de coração
Esse ritmo tão gostoso
Que anima o nosso sertão
Recebam os cumprimentos
De Luiz o rei do Baião.

Israel Batista 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BIOGRAFIA DO POETA ANTONIO FRANCISCO

BIOGRAFIA DA CANTORA ANASTÁCIA

Especial: Poetas analfabetos do sertão do Pajeú de Pernambuco