CAFÉ DA TARDE
Bom inverno, ventania e tempestade,
Nova seca, sol queimando e destemor,
Alegria, muito papo e bom humor
Faz das tardes um pé de felicidade.
Casa alta, no poente da cidade,
Sem o bafo da quentura do calor
Aglutina, todo dia, paz e amor
Mais o tom exuberante da saudade.
Dona Dalva, cafezinhos, risos francos
Se misturam - mesmo aos trancos e barrancos -
Aos presentes usuais da ocasião.
Não há só o acre gosto do café,
Há também a onipresença de sua fé
E a bonança de seu vasto coração!
Sávio Pinheiro

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